quinta-feira, 31 de maio de 2012

Festa da Visitação de Nossa Senhora

Hoje, celebramos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel. Que a exemplo de Maria, possamos aprender a ir ao encontro das pessoas que necessitam de nossa presença.




 
Santa Mãe de Deus, Rogai por nós!

domingo, 27 de maio de 2012

SIGNIFICADO - PENTECOSTES

O que significa Pentecostes?
É uma palavra que vem do grego e significa "qüinquagésimo". É o 50° dia depois da Páscoa. É a solenidade da vinda do Espírito Santo. Junto com Natal e Páscoa, forma o tripé mais importante do Ano Litúrgico. Esse detalhe ajuda a compreender por que Pentecostes pertence ao Ciclo da Páscoa.
Qual é a cor litúrgica de Pentecostes e seu significado?
O vermelho domina essa solenidade, associado ao fogo, símbolo do amor. 0 Espírito Santo é chamado de  "Espírito do amor".
Como surgiu a festa de Pentecostes?
Antes de ser uma festa dos cristãos, Pentecostes foi festa dos judeus, e sua origem se perde nas sombras do passado. Antes de se chamar assim, tinha outros nomes, e era uma festa agrícola. Em Êxodo 23,14-17 é chamada de festa da Colheita, a festa dos primeiros feixes de trigo colhidos. Em Êxodo 34,22 é chamada de festa das Semanas. Por que "festa das semanas"? A explicação é dada pelo Levítico (23,15-21): calculavam-se 7 semanas a partir do inicio da colheita do trigo. 7 semanas = 49 dias.
Com o tempo, ela perdeu sua ligação com a vida dos agricultores, recebeu o nome grego de Pentecostes e se tomou festa cívico-religiosa. No tempo de Jesus, celebrada 50 dias apos a Páscoa, ela recordava a dia em que no Monte Sinai, Deus entregou as tábuas da Lei a Moises. Os Atos dos Apóstolos fazem coincidir a vinda do Espírito Santo com a festa judaica de Pentecostes.
Quem recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes?
O episodio de Pentecostes é narrado por Lucas em Atos 2,1-11. Sem muita reflexão, seriamos tentados a responder que apenas os Doze apóstolos é que receberam o Espírito Santo. Mas lendo com atenção o contexto desse acontecimento poderemos ter surpresas.
De fato, Lucas disse, antes que viesse o Espírito: "Os apóstolos voltaram para Jerusalém, pois se encontravam no chamado monte das Oliveiras, não muito longe de Jerusalém: uma caminhada de sábado. Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam hospedar-se. Ai estavam Pedro e João, Tiago e Andre, Filipe e Tome, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelote e Judas, filho de Tiago. Todos eles tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe  de Jesus, e com as irmãos de Jesus. Nesses dias, ai estava reunido um grupo de mais ou menos cento e vinte pessoas" (Atos 1,12-15a). No dia de Pentecostes, já com Matias substituindo o traidor Judas, Lucas afirma que "todos eles estavam reunidos no mesmo lugar" (2,1). Na fala depois de terem recebido o Espírito Santo, Pedro cita a profeta Joel, que previa a efusão do Espírito sobre todas as pessoas: "Nos últimos dias, diz o Senhor, eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e filhas de vocês vão profetizar, os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos. E, naqueles dias, derramarei o meu Espírito também sobre meus servos e servas, e eles profetizarão" (2,17-18; veja Joel 3,1-5). Não se pode, portanto, afirmar que somente os Doze ap6stolos e que receberam o Espírito.
0 fenômeno de falar em línguas surgiu em Pentecostes?
O dom de falar línguas estranhas era um fenômeno restrito praticamente às comunidades cristãs de Corinto. Esse dom tem pouco a ver com a Pentecostes de Atos 2,1-11. Lá em Corinto, as pessoas rezavam a Deus em línguas estranhas,
todas juntas, sem que alguém compreendesse coisa alguma. Paulo põe ordem nessa "babel", mandando que orem um por vez, com interprete (1 Coríntios 12-14).
 Em Atos as coisas são bem diferentes: "Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nacões do mundo. Quando ouviram  barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem. Espantados e surpresos, diziam: 'Esses homens que estão falando, não são todos galileus? Como é que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna? ... E cada um de nós em sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!'" (2,4-8.11).
Lucas montou a cena de Pentecostes sobre o molde da entrega da Lei a Moises, ou seja, sobre o molde do Pentecostes judaico. Compare Atos 2,1-11 com Êxodo 19,1-20,21, e anote as coincidências. Em Êxodo, todo o povo reunido ao redor do monte; em Atos, o mundo inteiro reunido em Jerusalém. No Êxodo, relâmpagos, trovões, nuvem escura etc., símbolos de teofania (= manifestação de Deus); nos Atos, vento forte, línguas como de fogo, símbolos teofânicos (= manifestação do Espírito de Deus).
Qual a mensagem de Pentecostes?
A mensagem vem , sobretudo das leituras dessa solenidade, que são sempre as mesmas: Atos 2,1-11; 1 Coríntios 12,3b-7.12-13; João 20,19-23. Eis alguns temas que deveriam ser aprofundados. 1. O supremo dom do Pai e de Jesus a humanidade é o Espírito Santo. 2. Soprando sobre os discípulos, Jesus esta recriando a humanidade mediante o sopro do Espírito. 3. Recebendo o Espírito de Jesus, os cristãos recebem igualmente a mesma missão. 4. O Espírito é dado a todos. Ninguém fica sem ele, e ninguém o possui plenamente. 5. O Espírito leva a humanidade a formar uma só família, no amor, diferentemente de Babel-confusão, em que as pessoas não se entendem.

domingo, 20 de maio de 2012

Silêncio e Palavra: Caminho de Evangelização


Mensagem do Papa Bento XVI
Para o 
 46º Dia Mundial
das Comunicações Sociais

[Domingo, 20 de Maio de 2012]


Amados irmãos e irmãs,

Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.



O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.

Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.

No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).

Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.

Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.

Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.

Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.

Vaticano, 24 de Janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 2012.

BENEDICTUS PP. XVI
 
Fonte: Santa Sé.

sábado, 19 de maio de 2012

Diocese de Caruaru promoveu café da manhã por ocasião do 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais

 Na última quita-feira aconteceu um Café da manhã, no Palácio Episcopal, por ocasião do 46º Dia Mundial das Comunicações.
O Papa Bento XVI escolheu o tema "Silêncio e Palavra: Caminho de evangelização" para ser refletido por ocasião do 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

  - Estavam presentes os comunicadores das Tv's, rádios, Pascom Diocesana e Pascom's Paroquiais.


Foto: Charles Cavalcanti e PasCom Diocesana.



Da nossa Paróquia estava presente - Vinícius Caíque

domingo, 13 de maio de 2012

Parabéns Mamães...

Uma simples mulher existe que,
pela imensidão do seu amor,
tem um pouco de Deus,
e pela constância de sua dedicação
tem um pouco de anjo;
que, sendo moça, pensa como uma anciã
e, sendo velha,
age com todas as forças da juventude;
quando ignorante,
melhor que qualquer sábio
desvenda os segredos da natureza,
e, quando sábia,
assume a simplicidade das crianças.

Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos
que ama e, rica, empobrecer-se para que seu
coração não sangre, ferido pelos ingratos.

Forte, entretanto, estremece ao choro duma
criancinha, e fraca, não se altera
com a bravura dos leões.

Viva, não sabemos lhe dar o valor
porque à sua sombra todas as dores se apagam.

Morta, tudo o que somos e tudo que temos
daríamos para vê-la de novo,
e receber um aperto de seus braços
e uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum:
porque eu a vi passar no meu caminho.

Quando crecerem seus filhos,
leiam para eles esta página.
Eles lhe cobrirão de beijos a fronte,
e dirão que um pobre viandante,
em troca de suntuosa hospedagem recebida,
aqui deixou para todos o retrato de sua própria MÃE.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Comunicado a todos que fazem parte da Equipe de Liturgia

ATENÇÃO

Comunicamos a todos que fazem parte da Equipe de Liturgia da nossa Paróquia que devido ao Mês de Maio, os encontros só irão ser retomados em Junho.

Atenciosamente, 
Israel Silva dos Santos
Coordenador  

terça-feira, 1 de maio de 2012

Maio: Mês mariano - Maria, a catequista discípula missionária.

Escrito por Maria do Socorro Santos   
“ Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38)
Ao falar de Maria, a discípula missionária do Pai, há que considerar que missionar e evangelizar para nós significam levar a Boa Nova do Evangelho testemunhando com a vida o que se anuncia. Esta é a tarefa principal dos Catequistas evangelizadores. Este é o mandado que a Igreja, povo de Deus, recebeu do próprio Jesus Cristo ( cf. Mc 16,15; Mt 28,16-20; Jo 20,21).
A discípula missionária, fiel até o fim.
Na Catequese dos escritos joaninos, Maria aparece como a mediadora da fé em Caná da Galileia (Jo 2, 1-12), a Mãe da Comunidade, sob a Cruz, ( cf. Jo 19,25-28) e figura da Igreja e da Nova Criação ( cf. Ap 12).
”Não se pode falar de Igreja sem que esteja presente Maria. Esta verdade é testemunhada pelas nossas Comunidades de fé, para as quais Maria é a realização mais alta do Evangelho, o grande sinal, com rosto materno e misericordioso, da proximidade do PAI e de Cristo, com quem ela nos convida a entrar em comunhão. A Igreja, instruída pelo Espírito Santo, venera Maria como Mãe muito amada, com afeto e piedade filial.” ( CR 230).
A discípula missionária, catequista da comunidade cristã.
Em Atos dos Apóstolos Lucas narra sobre a Comunidade reunida em Oração em torno do Projeto do Ressuscitado, na espera da promessa: o Espírito Santo. No dinamismo orante da Comunidade, encontra-se a pessoa de Maria a mulher discípula, atenta ás necessidades da Igreja nascente. A Mãe de Jesus aparece em atitude de Oração para que se realize a promessa, e venha o Espírito que faz nascer a Igreja e revela o sentido das Palavras de Jesus para a vida das Comunidades. Observe-se que em Lucas no início do Evangelho, Maria se torna a Mãe de Jesus pela obediência á Palavra. Agora, no início dos Atos, ela se torna Mãe da Igreja pela mesma atitude orante diante da Palavra. Ela é a referência para os discípulos e discípulas permanecerem assíduos á Oração e ao Ministério da Palavra (At 6,4). Podemos dizer que três qualidades caracterizam o grupo reunido em Oração: eles estão numa atitude de espera, têm os mesmos sentimentos e perseveram na Oração.
Maria , mãe de Deus e modelo da Igreja!
“Maria é Mãe de Deus, Mãe de Jesus Cristo no seu “SIM” da anunciação. É Mãe da Igreja, porque é Mãe de Cristo, Cabeça do Corpo Místico. Além disso, é nossa Mãe, por ter cooperado com seu Amor no momento em que do coração trespassado de Cristo nascia a família dos redimidos; por isso, é nossa Mãe na ordem da graça.” (CR 231).
“ Maria não vela apenas pela Igreja: tem coração tão grande quanto o mundo, e intercede ante o Senhor da História por todos os povos. Enquanto peregrinamos, Maria será a Mãe e a educadora da Fé.
Maria é modelo de vida Cristã, pois toda a sua existência é uma plena comunhão com o Filho, uma entrega total a Deus em todos os seus caminhos, numa união única que culmina na glória. Acreditou com uma Fé que foi dom, abertura, resposta, fidelidade.” (CR 232).
Ao falar de Maria, podemos falar de todas as mulheres que hoje, na sociedade e na Igreja , constituem a grande força de transformação.
Participando ativamente nos mais diferentes aspectos e dimensões da vida, lutam para conquistar um lugar para si e para seus filhos. As mulheres descobrem esta força na prática, movidas pela experiência de Deus, que lhes infunde coragem e esperança para enfrentar os desafios da vida.
Maria, para as mulheres de hoje, se insere no conjunto das multidões que não aparecem nos jornais, nas revistas, no rádio e na televisão, não fazem barulho, mas são como pérolas que, no fundo do mar da história, constroem a vida, tecida de dor e de alegria.
Maria de Nazaré não apareceu nos “grandes acontecimentos” da sua época, ao contrário, foi evolvida por aquela infinidade de gestos ordinários que constituem a existência da grande massa das mulheres do nosso povo. Ela mesma, diz: “O Senhor olhou para a humilhação de sua serva” (Lc 1,48).
Vamos bendizer a Deus pela MULHER-MÃE que, no embalo da gestação, também gesta a Fé para seus filhos. Nina em seus braços o sonho de um Deus Misericordioso que acompanha e abençoa a vida. Vê pouco a pouco o crescimento dos filhos e, no tecer do dia a dia, testemunha sua fé com seu ser, falar e agir. Com a vida ela expressa a ternura de Deus e a reponsabilidade de vivenciar com a família uma Fé convicta.
Nesse louvor a Deus pela mulher e mãe catequista, reportemos ainda que Maria e todas as catequistas tem em suas vidas esse aspecto do qual destacamos:
Mulher – catequista , que assume sua Vocação, por opção a Jesus Cristo. Assumindo esta Vacação na gratuidade, na generosidade sem buscar seus próprios interesses.
Coloca-se na Escola do Mestre como uma eterna aprendiz, para pouco a pouco alcançar a maturidade na Fé e também na vida.” Falará mais pelo exemplo do que pelas palavras que profere” (CR 146). Alimenta uma profunda Espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo que lhe dá força e coragem para prosseguir com ousadia na Missão de propagar a Boa Notícia.
Mãe e catequista, mulheres que carregam a grande força do Amor. Amor que se traduz na consciência em busca de um novo futuro, marcado por um novo modo de relacionar-se.
Mulheres que, como Maria, querem, na prática, impulsionar o mundo para a mudança e gritar que o Amor é mais forte que a Morte que impera na sociedade.
Concluindo, como Catequistas devemos ser como Maria: ouvintes da Palavra de Deus, orantes e oferentes. Saudemos Maria. Sob o impulso da graça de Deus, ela exerceu um papel especial e único na história da Salvação.
Nossa Senhora Mãe dos Catequistas, rogai por nós!